sábado, 13 de junho de 2009

As origens da física moderna


Dentre as inúmeras controvérsias que venho apontando e que caracterizam nosso diálogo gostaria, nesta mensagem, de focalizar a atenção em algo que julgo fundamental. Aliás, você há de ter notado que venho mudando o enfoque de meu discurso. Não que assuma, do ponto de vista epistemológico, ter cometido algum erro; mas percebo que você está um passo à frente da maioria daqueles com quem discuti o assunto anteriormente. Quero, então, expressar a idéia da existência de uma autêntica física clássica, ao lado de outra, também chamada clássica e newtoniana, mas a negar o que de mais importante Newton nos legou.

Essa física, supostamente newtoniana, foi aquela que efetivamente consagrou-se como tal na última década do século XIX; e era essa a física a não explicar o espectro de radiação do corpo negro ou a experiência de Michelson-Morley. Digno de nota é que os físicos da época não conheciam elétrons, a não ser no terreno de idéias mal levadas em consideração ¾como as de Faraday¾ se bem que apoiadas na experimentação. Pois foi esta física que, de maneira indevida, aceitou que qualquer coisa que pudesse manifestar-se por efeitos elétricos ou magnéticos deveria reduzir-se aos elementos básicos da teoria de Maxwell. E, não obstante, está patente na monumental obra de Maxwell, e em vários de seus capítulos, que toda a matemática apresentada adotou, como pressuposta, a existência dos fluidos elétricos. A única concessão que Maxwell fez a respeito foi dar a entender que, para ele, tanto fazia conceber a existência de um único fluido elétrico como apelar para as teorias de dois fluidos elétricos, como a demonstrar uma certa indiferença para com as briguinhas que pipocavam entre seus contemporâneos e que Maxwell demonstrou, habilmente, estarem desprovidas de sentido para a finalidade almejada.

As idéias de Maxwell em hipótese alguma garantem a existência de partículas elementares, mesmo porque a teoria foi construída independentemente dessa noção e, quero crer, da maneira como aconteceu, pois não seria possível prevê-las pela teoria em si. Por outro lado, a existência de partículas elementares não falsearia a teoria de Maxwell e tampouco modificaria seu núcleo, a menos que se tentasse reconstruí-la de maneira que comportasse essa existência. O que não se pode, a meu ver, é assumir gratuitamente que, pela teoria de Maxwell, essas partículas gerassem um campo idêntico aos objetos macroscópicos utilizados por Maxwell em suas hipóteses básicas, quais sejam, carga elétrica e corrente elétrica. E é exatamente nesse ponto que começam nossas divergências.

Você diz que o campo de um elétron ou, em suas palavras, o quantum do campo eletrônico, teria simetria esférica, a exemplo do campo de uma carga elétrica. E eu digo que esse campo não pode ser coulombiano, apoiando-me na experimentação como deveria ser interpretada por um físico clássico de fato, se bem que não por outro físico clássico a já assumir como verdadeiro aquilo que, para mim, seria um absurdo. Mas, então, você afirma que todas as experiências eletromagnéticas efetuadas retratam o comportamento coulombiano que, pelo que você deu a entender, seria um campo a variar com o inverso do quadrado da distância. Mas isso, por si só, não é um campo coulombiano. O campo magnético de um elemento de corrente (lei de Biot-Savart) varia com o inverso do quadrado da distância e não é um campo coulombiano: nem é elétrico, nem é de simetria esférica. O campo de efeitos elétricos da minha teoria, sob o ponto de vista matemático, é muito parecido com o campo da lei de Biot-Savart; ele tem um co-seno no lugar do seno ou então o que chamo produto vetorial interno no lugar do produto vetorial externo ou tradicional; e, também, não tem simetria esférica, mas também varia com o inverso do quadrado da distância; para uma direção constante, ele cai exatamente da maneira observada na lei de Coulomb.

Por que então eu afirmaria que o campo de um elétron não pode ser coulombiano na visão de um físico clássico de fato? Porque para esse físico clássico todos os fenômenos observados deveriam ser explicados por meio dos postulados básicos de sua física clássica; e quando falo em postulados não estou me referindo aos princípios da mecânica de Newton, mas aos axiomas ou pressupostos da física newtoniana e que, de maneira sucinta, caracterizariam o que afirmei como sendo os pilares básicos dessa física: espaço, tempo, matéria, movimento da matéria e informação do movimento da matéria. E digo mais: por esses axiomas não há como confundir espaço com tempo nem matéria com movimento da matéria. Ou seja, se nós quisermos manter os axiomas da física newtoniana intactos, não poderemos, em hipótese alguma, apoiados agora na experimentação, interpretarmos as experiências por meio da aceitação a priori da existência de um elétron responsável por algo que possa ser caracterizado como o campo de uma carga elétrica coulombiana e, como tal, de simetria esférica.

Em outras palavras: qualquer experiência a "garantir", sem dar margem a dúvidas, que o campo elétrico gerado por um elétron é coulombiano, estaria a meu ver falseando, de maneira irrefutável, a física newtoniana. Mas... essa experiência já foi feita? Na sua opinião, parece que sim. Na minha opinião, parece que não; se tirarmos a média de nossas opiniões, diria que a problemática ainda não foi resolvida, pois a mim parece que as coisas ainda não foram elucidadas da maneira como enfatizei, qual seja: sem dar margem a dúvidas. É claro que essa média não é para ser levada a sério, pois o falseamento não é algo a se sujeitar a opiniões pessoais. Sob esse aspecto diria que estou fazendo um inocente jogo de palavras.

Vamos então aceitar, ainda que por hipótese, que o que eu digo não seja assim tão sem fundamento; e que até o momento nós estivéssemos ¾raciocinando como alguém a viver no final do século XIX¾ a contemplar uma física clássica ainda não falseada. Nessas condições, Lorentz jamais poderia supor gratuitamente que o campo de um elétron seria coulombiano, nem mesmo após a experiência de Thompson (1897), a supostamente medir a relação e/m; e nem mesmo após a experiência de Millikan, efetuada bem mais tarde. O máximo que se poderia dizer, após a experiência de Thompson ter sido efetuada, seria que o elétron está sujeito a uma força que poderia ser do tipo coulombiano, mas que também poderia não ser. Optou-se, então, pela primeira afirmativa e, com isso, construiu-se uma nova física que se assumiu como sendo a própria física clássica. E essa é a verdadeira origem do que chamei em outra mensagem de "física clássica na visão de um físico moderno dos dias atuais", ou seja, aquela que não consegue explicar grande número dos fenômenos que ocorrem na natureza; ou seja, a física clássica foi falseada por um decreto e, salvo maior juízo, creio que poderíamos chamá-lo de Decreto de Lorentz. Esse decreto acabou sendo referendado como tal por todos os físicos do século XX, até mesmo por aqueles que jamais se satisfizeram com a física do século XX e que, na minha modesta opinião, constituem a imensa maioria dos físicos que conheci, seja pessoalmente, seja por meio das leituras que fiz a respeito desses descontentamentos manifestos. Eles não querem admitir que estão errados, mas se expressam com freqüência por meio dessa peculiar idiossincrasia.

Assumindo-se esse decreto como irrevogável, irretratável e irrecorrível (olha aí a origem do partido único, que chamei em outra mensagem de Partidão da física moderna, a existir mesmo antes de Thomas Kuhn ter nascido), não existe mais física newtoniana, ou seja, a física newtoniana foi abolida da face da Terra por decreto. O que sobrou da mesma convencionou-se continuar chamando de física clássica e, por extensão, aquela que, por não explicar grande parte de fenômenos que ocorrem na natureza, precisaria sujeitar-se a algumas modificações em seus pilares básicos. E, daí, surgiu a física moderna com a relatividade, de um lado, e a física quântica, de outro. E daí surgiu aquela história de assumir que, em casos limites, a física moderna confunde-se com a física clássica. Sim, é verdade, mas confunde-se tão somente com a física clássica que aceita uma natureza fluido-coulombiana para as partículas elementares, ou seja, aquela que por não ter dado certo precisou de adaptações que a despersonalizaram, a menos de uma condição limite.

Quando digo então que a física quântica apóia-se na noção de fluidos elétricos, entenda-se: a física quântica tornou-se necessária porque a física que tentou expandir para o microcosmo as idéias do modelo dos fluidos elétricos de Maxwell ¾e que funcionava muito bem para o macrocosmo¾ não conseguiu explicar alguns fenômenos importantes encontrados na natureza e relacionados ao comportamento das partículas do microcosmo. Em minha maneira resumida de focar o problema, via de regra devida ao fato de não me darem chance de expressar o que efetivamente penso, fica aquela impressão, que não pretendi dar, de que os físicos quânticos estariam fluidificando as partículas. Isto se confunde ainda mais quando interpretado sob o ponto de vista da dualidade corpúsculo-onda e/ou do chamado colapso ou descolapso da função de onda. Mas essa é uma outra fluidificação que tem a sua lógica própria, a apoiar-se nos conceitos de onda, nuvem ou mesmo densidade probabilística. Esse é um outro problema que raramente chega a me interessar, a não ser quando tento entender como foi que uma coisa que evoluiu a partir de um erro deu origem àquela matemática que dá certo sem que se saiba onde, quando e nem porquê.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Universo


As galáxias com suas estrelas e matéria interestelar constituem a unidade de povoamento do Universo.

No começo, o Universo era muito quente, muito denso e concentrado em um volume muito pequeno. Entrou em expansão a aproximadamente 15 bilhões de anos. As teorias seriam de que o universo teria surgido após o big bang, com o tempo, a temperatura foi diminuindo e se tornou da ordem de 109K, reações termonucleares estabeleceram-se e realizaram a síntese de núcleos atômicos leves. Aproximadamente 1 bilhão de anos depois do big bang, as primeiras galáxias se formaram. Um dos problemas não resolvidos no modelo do Universo em expansão é saber se o Universo é aberto ou fechado (isto é, se expandirá indefinidamente ou se voltará a se contrair). A figura ao lado mostra o Universo, com uma galáxia no centro e muitas estrelas. Para os antigos, o Sol era o centro do Universo.

Universo - Galáxia.
Cosmologia

Cosmologia é o estudo do Universo em seu conjunto, incluindo teorias sobre sua origem, evolução, estrutura em grande escala e seu futuro. As primeiras teorias cosmológicas importantes devem-se ao astrônomo grego Ptolomeu e à Nicolau Copérnico, que propôs em 1543 um sistema em que os planetas giravam em órbitas circulares ao redor do Sol. Tal sistema foi modificado pelo sistema de órbitas elípticas descrito por Johannes Kepler.

Em 1917 o astrônomo holandês Willen de Sitter desenvolveu um modelo não estático do Universo. Em 1922, esse modelo foi adotado pelo matemático russo Alexander Friedmann e em 1927 pelo sacerdote belga Georges Lemaitre, que afirmava que as galáxias são fragmentos proporcionados pela explosão do núcleo, dando como resultado a expansão do Universo.

Esse foi o começo da teoria da Grande Explosão (Big Bang) para explicar a origem do Universo, modificada em 1948 pelo físico russo naturalizado americano George Gamow, que disse que o Universo se criou numa gigantesca explosão e que os diversos elementos foram produzidos durante os primeiros minutos depois dessa Grande Explosão, quando a densidade e a temperatura extremamente alta fundiram partículas subatômicas, transformando-as nos elementos químicos. Por causa de sua elevadíssima densidade, a matéria existente nos primeiros momentos do Universo expandiu-se rapidamente. Ao expandir-se, o hélio e o hidrogênio esfriaram e se condensaram em estrelas e galáxias.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

A FISICA NO COTIDIANO


Ensinar física é uma atividade através do qual, consciente ou inconscientemente, deliberadamente ou não, é transmitida aos alunos uma mensagem a respeito do que seja físico, do modo como é produzida e das relações com a tecnologia. Sendo assim, não se pode deixar de explicar, a esse respeito.

No ensino da física acredita-se, muito comumente, que ensinar consiste simplesmente em apresentar aos alunos um conjunto de noções de maneira clara, inteligível e logicamente ordenado.

Ensinar física, pelos desafios envolvidos, é uma atividade que exige um nível de profissionalização mais elevado, no sentido de que os docentes devem se sentir preparados e seguros para enfrentar os problemas complexos para os quais ainda não se tem solução e se considerem capazes de propor soluções originais ou de fazer escolhas mais adequada em cada situação.

A física em sua evolução desenvolve não apenas novas entidades, conceitos e representações sobre o mundo natural, mas também formas de investigação e forma de abordagem que são continuamente renovadas em função de seus propósitos e dos interesses sociais e da comunidade científica. Deve se propiciar aos alunos adquirir a visão de que não há um método científico universal e infalível, capaz de resolver qualquer problema de nos conduzir a verdade. Cada situação requer um modo especifico de abordagem em função das suas características e da natureza do problema a ser resolvido. Assim, não ha. soluções definitivas. Conhecer é interpretar, e isso, por se, só, já nos assegura que não há um caminho privilegiado que possa nos conduzir a verdade definitiva.

Assim o ensino de física deve estar com preenchido com o desenvolvimento de habilidades básicas de comunicação tais como: planejamento e comunicação de resultados, entendimento de linguagem gráfica interpretação de tabelas com preensão definições e expressões matemáticas. Sendo assim para melhor compreender o processo de aprendizagem de física é necessário inventar praticas diferenciada e dessa forma poder entender e discutir alguns pontos relativos dessa área do saber assim os alunos mostraram se mais independentes diante dos procedimentos, das formas de trabalho e das ações que aprenderam. São tabelem capazes de maiores formalidades no pensamento e na linguagem. Isso aumenta a possibilidade de compreensão autônoma das definições cientificas presentes nos livros didáticos e a própria escrita de definições, o que o que antes a maior desafio. É capadades que lhes possibilitam obter informações, organizar dados e construir hipóteses com desenvoltura e colaboram para a realização de investigação mais longas e detalhadas. Os alunos ainda necessitam de acedência do professor para a observação, a experimentação e produção de esquemas entre outros procedimentos mais sofisticados principalmente se essa pratica já foram vivenciadas e aprendidas. são exemplos de procedimentos mais difíceis que podem ser tratados: a construção e interpretação de gráficos de tabelas de esquemas sobre sistemas complexos, de textos informativos e dissertativos longos, estudos de meio com diversos objetos paralelos.

Os procedimentos correspondem aos modos de buscar, organizar e comunicar conhecimentos. São bastante variados: A observação à experimentação, a comparação, a elaboração de hipóteses e suposições o debate oral sobre hipótese, o estabelecimento de relações entre fatos ou fenômenos e idéias, a leitura e a escrita de textos informativos, a elaboração de roteiros de pesquisa, a busca de informações em fontes variadas, a elaboração de questões para enquête, á organização de informações por meio de desenhos, tabelas gráficos esquemas e textos, o conforto entre suposições e entre elas e os dados obtidos por investigação a elaboração de perguntas, a proposição para a solução de problemas.

O ensino só é possível pelo trabalho com diferentes temas distintos com atenção para aqueles que permitem ampliar a compreensão da realidade. Certos temas podem ser objeto de observações direta ou experimentação, como as atividades que foram realizadas pelos alunos da 8º serie do ensino fundamental e 1º ano do ensino médio da escola estadual Profº Elidio Mucelli filho que foram.

Borrifador caseiro onde a água sobe pelo canudinho e é estabeleça uma diferença de pressão entre as extremidades do canudinho imerso na água, o que faz a água subir pelo canudinho e se misturar com a corrente de ar, ocorrendo assim à dispersão da água.

Fazendo um ovo flutuar: o ovo afunda no copo com água dissolvendo sal na água, conforme a concentração de sal na água aumenta o ovo começa a subir. Se o ovo afunda na água da torneira sua densidade é maior que 1g cm3. Nessa situação o peso do ovo é maior que o impulso que ele recebe da água.

Efeito de pressão menos que a atmosférica: O copo aprisiona os gases em alta temperatura e grande quantidade de vapor de água. A chama da vela apaga-se por que o oxigênio no interior do copo acaba. A temperatura dos gases diminui e grande parte do vapor de água se condensa. A pressão dentro do copo diminui e fica menor que atmosfera dentro do copo até que a pressão interna mais o a pressão da coluna de água dentro do copo equilibra a pressão atmosfera.

E outras como equilibrando uma gota de óleo, porque alguns objetivos afundam e outros não? Essas atividades praticam foram apresentadas no II Seminário de Química realizado na Escola Estadual Profº Elidio Murcelli filho com apoio da Física e Biologia.

A discussão dos resultados da experimentação foi um momento importante. A idéia de experimento que da certo ou errado deve ser compreendido dentro dos referenciais que foram especificamente adotados.

A autonomia dos alunos nas experimentações tornou-se mais ampla quando eles mesmos participaram da elaboração, realizando por eles mesmos as ações sobre os materiais preparando o modo de organização das anotações, realizando e discutindo os resultados.

portanto mostrar a física como elaboração humana, para compreensão do mundo é uma meta para o ensino seus conceitos e procedimentos contribuem para o questionamento do que se vê e se ouve para interpretar os fenômenos da natureza, para compreender como a sociedade nela vive entervem utilizando seus recursos e criando um novo meio social e tecnológico.

Por outro lado essa meta envolve ainda, o planejamento e a realização de trabalhos práticos, pois as dimensões do conhecimento cientificam não se restringe aos conteúdos de tipos experimentais, cuja função é encontrar correlações positivas ou produzir efeitos que possam ser comparados com previsões teoricas.

Porem para desenvolver a capacidade de observação dos alunos e necessário portanto, propor desafios que os motivem a buscar os detalhes de determinados objetos, para que o mesmo seja percebido de modo cada vez mais completo e de diferente do modo habitual.

Por intermédio das experiências educativas, essas experimentações realizadas pelos alunos de mostrou ser uma ferramenta excepcional de apoio ao processo de ensino, uma vez que oportuniza a integração de outras áreas como a química e a biologia, criando assim ambiente favorável para que os alunos vivenciem através de experimentos, as exercitando e desenvolvendo seu espírito criativo, racionacinio lógico e habilidades manuais.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

PORQUE O CÉU É AZUL ? O Pôr do Sol é Vermelho ? E as Nuvens são Brancas ?


A resposta está em como os raios solares interagem com a atmosfera.
Quando a luz passa através de um prisma, o espectro é quebrado num arco-íris de cores. Nossa atmosfera faz o mesmo papel, atuando como uma espécie de prisma onde os raios solares colidem com as moléculas e são responsáveis pelo dispersão do azul.
Quando olhamos a cor de algo, é porque este "algo" refletiu ou dispersou a luz de uma determinada cor associada a um comprimento de onda. Uma folha verde utiliza todas as cores para fazer a fotossíntese, menos o verde, porque esta foi refletida. Devido ao seu pequeno tamanho e estrutura, as minúsculas moléculas da atmosfera difundem melhor as ondas com pequenos comprimentos de onda, tais como o azul e violeta. As moléculas estão espalhadas através de toda a atmosfera, de modo que a luz azul dispersada chega aos nossos olhos com facilidade.
Luz azul é dispersada dez vezes mais que luz vermelha.
A luz azul tem uma frequência ( ciclos de onda por segundo ) que é muito próximo da frequência de ressonância dos átomos, ao contrário da luz vermelha. Logo a luz azul movimenta os elétrons nas camadas atômicas da molécula com muito mais facilidade que a vermelha. Isso provoca um ligeiro atraso na luz azul que é re-emitida em todas as direções num processo chamado dispersão de Rayleigh ( Físico inglês do século 19 ). A luz vermelha, que não é dispersa e sim transmitida, continua em sua direção original, mas quando olhamos para o céu é a luz azul que vemos porque é a que foi mais dispersada pelas moléculas em todas as direções.
Luz violeta tem comprimento de onda menor que luz azul, portanto dispersa-se mais na atmosfera que o azul. Porque então não vemos o céu violeta ? Porque não há suficiente luz ultravioleta. O sol produz muito mais luz azul que violeta.
Quando o céu está com cerração, névoa ou poluição, há partículas de tamanho grande que dispersam igualmente todos os comprimentos de ondas, logo o céu tende ao branco pela mistura de cores. Isso é mais comum na linha do horizonte.
No vácuo do espaço extraterrestre, onde não há atmosfera, os raios do sol não são dispersos, logo eles percorrem uma linha reta do sol até o observador. Devido a isso os astronautas vêem um céu negro.
Em Júpiter o céu também é azul porque ocorre o mesmo tipo de dispersão do azul na atmosfera do planeta como na Terra. Porém em Marte o céu é cor de rosa, ja que há excessiva partículas de poeira na atmosfera Marciana devido à presença de óxidos de ferro originários do solo. Se a atmosfera de Marte fosse limpa da poeira, ela seria azul, porém um azul mais escuro já que a atmosfera de Marte é muito mais rarefeita.

Porque o pôr do sol e a alvorada são vermelhos ?

Quando o sol está no horizonte, a luz leva um caminho muito maior através da atmosfera para chegar aos nossos olhos do que quando está sobre nossas cabeças. A luz azul nesse caminho foi toda dispersada , a atmosfera atua como um filtro , e muito pouca luz azul chega até você, enquanto que a luz vermelha que não é dispersada e sim transmitida alcança nossos olhos com facilidade. Nessa hora a luz branca está sem o azul.
Durante a dispersão da luz nas moléculas ocorre o fenômeno de interferência destrutiva em que a onda principal se subdivide em várias outras de menor intensidade e em todas direções, porém mantendo a energia total conservada. O efeito disto é que a luz azul do sol que vinha em linha reta passa a ir em todas as direções. Ao meio dia todas as direções estão próximas de nós mas no entardecer a dispersão leva para longe do nosso campo de visão o azul já que a luz solar percorre uma longa tangente na circunferência da terra até chegar aos nossos olhos.
Além disso, o vermelho e o laranja tornam-se muito mais vívidos no crepúsculo quando há poeira ou fumaça no ar, provocado por incêndios, tempestade de poeira e vulcões. Isso ocorre porque essas partículas maiores também provocam dispersão com a luz de comprimento de onda próximos, no caso o vermelho e laranja.

Porque as nuvens são brancas ?

Nas nuvens existem partículas ( gotas de água ) de tamanhos muito maiores que o comprimento de ondas da luz ocorrendo dispersão generalizada em todo o espectro visível e iguais quantidades de azul, verde e vermelho se juntam formando o branco.

Saiba tudo sobre 2009: Ano internacional da astronomia


No dia 20 de Dezembro de 2007a 62ª Assembléia da Organização das Nações Unidas proclamou 2009 como o Ano Internacional da Astronomia. A resolução foi submetida pela Itália, pátria de Galileu Galilei, e teve completo apoio do Segundo Comitê da Assembléia Geral. O Ano Internacional da Astronomia é uma iniciativa da União Astronômica Internacional e da UNESCO.
Com o Ano Internacional da Astronomia 2009 (IYA2009) nós celebramos um evento especial: o primeiro uso astronômico de um telescópio por Galileu Galilei – uma invenção que desencadeou 400 anos de incríveis descobertas astronômicas. A isso se seguiu uma revolução científica que alterou profundamente nossa visão de mundo. Hoje, telescópios em solo e em órbita exploram o Universo 24 horas por dia, em todos os comprimentos de onda do espectro eletromagnético. A presidente da IAU, Catherine Cesarsky, diz: “O Ano Internacional da Astronomia 2009 dá a todas as nações a chance de participar nesta excitante revolução científica e tecnológica em curso.”
O IYA2009 é uma colaboração global para fins pacíficos – a procura de nossas origens cósmicas, uma herança compartilhada por todos os cidadãos do planeta Terra. A ciência da Astronomia representa milênios de colaborações através das fronteiras: geográficas, idades e gêneros, raças e culturas, fornecendo uma base completa para a Carta de Princípios da ONU. Neste sentido, a Astronomia é um exemplo clássico de como a ciência pode contribuir para o aprofundamento da colaboração internacional.
O assim chamado Ponto de Contato Brasileiro, Augusto Damineli, explica: “A rede Brasileira do IYA 2009 oferecerá uma ampla lista de atividades já a partir de 2008, que pode ser vista em http://www.astronomia2009.org.br/. Entre nossos objetivos, ofereceremos a pelo menos 1 milhão de pessoas a oportunidade de ver o céu através de telescópios. Outro objetivo é o de difundir na sociedade uma mentalidade científica. Isto é essencial para os cidadão agirem num mundo permeado pela tecnologia e carente de planejamento global de recursos.”
Histórico:Durante a Assembléia Geral da IAU em 23 de Julho de 2003 em Sydney (Austrália), foi aprovado por unanimidade a resolução em favor da proclamação de 2009 como o Ano Internacional da Astronomia. Baseados na iniciativa da Itália, a Conferência Geral da UNESCO em sua 33ª sessão recomendou à ONU que adotasse a resolução de declarar o 2009 como o Ano Internacional da Astronomia. Finalmente, a 62ª Assembléia da ONU designou a UNESCO como sendo a agência para liderar o IYA2009. A IAU implementará o IYA2009 através de uma rede mundial. Dela já participam 93 países, coordenando esforços de astrônomos profissionais, amadores, educadores e artistas.
O IYA2009 é, em primeiro lugar, uma atividade para o cidadão de todo o planeta Terra. Ele objetiva combinar a excitação da descoberta pessoal, o prazer de compartilhar conhecimentos fundamentais sobre o Universo e nosso lugar nele, com os méritos do método científico. O poder de inspiração da Astronomia representa um valioso recurso para a espécie humana e para todas as nações.
O objetivo do IYA2009 é o de estimular em todo o mundo, especialmente entre os jovens, o interesse pela Astronomia e outras ciências sob o tema central: O Universo para você descobrir. As atividades do IYA2009 serão a nível mundial e regional (especialmente a nível nacional e local). Centenas de “nós” locais estão se formando em todo o Brasil, para preparar as atividades de 2009. Esses “nós” contam com a colaboração de astrônomos profissionais, amadores, centros de ciência, planetários, educadores e artistas.